"Ninguém é tão pequeno que não tenha algo a ensinar, nem tão grande que não tenha algo a aprender."
Blaise Pascal

quinta-feira, 14 de março de 2013

Peregrinos em Fátima pedem a Francisco para ser "embaixador" dos pobres - JN

Peregrinos presentes, esta quinta-feira de manhã, no Santuário de Fátima, junto ao tocheiro onde se queimam velas e oferecem promessas, admitiram que o pouco que conhecem do novo Papa é suficiente para desejar que Francisco seja "embaixador" dos pobres no mundo.
Peregrinos em Fátima pedem a Francisco para ser "embaixador" dos pobres


Abel Santos, de 52 anos, emigrou para a Alemanha para mudar de vida, mas a sua crença continua a residir em Fátima e na Igreja Católica.
Esta manhã, o peregrino tinha dois pedidos para o argentino que sucedeu a Bento XVI: que una a Igreja e "enriqueça" o seu pontificado com um ministério dedicado aos que mais precisam.
"Unir a Igreja é o que faz falta", porque está a haver "política a mais e fé a menos", salientou, ao mesmo tempo que manifestava a esperança de que, apesar "da pobreza que grassa no mundo, especialmente naqueles países [da América do Sul]", o novo Papa "consiga deitar a mão a isto para aliviar" aqueles que mais sofrem.
Francisca Silva, de 74 anos, derreteu a cera no tocheiro, esperançada que os seus pedidos alcancem o novo Papa que vem de Buenos Aires, mas já olha para a outra mão, que ficou sem a moeda que lhe custou a vela.
A peregrina veio da Figueira da Foz também para pedir que o 266.º Papa da Igreja Católica olhe sobretudo por aqueles que passam fome. "Toda a gente está a falar que é muito bom para os pobres. Tudo pedimos por ele, veremos se agora a vida muda (...) porque a necessidade é tanta por todo o lado", sublinhou.
"Temos muitos filhos e muitos netos, têm-nos tirado tudo, cada vez estamos pior", revelou sobre a sua família, esperançada que com Jorge Mario Bergoglio "a vida fique melhor".
Já Vera Batista, de 32 anos, a residir em Loures, admitiu desconhecer quem é o cardeal jesuíta Jorge Mario Bergoglio, mas tem um desejo confesso dirigido a Francisco: que tenha "as forças que o outro Papa não teve" para "desmistificar o caso Vatileaks" e que trabalhe para garantir uma partilha mais equitativa no mundo.
"Gostaria que incutisse em algumas pessoas que têm mais poder de compra (...) que se todos conseguirem dar um bocadinho" a pobreza "não será tão extrema como aquela que conseguimos ver todos os dias", afirmou.
O cardeal jesuíta argentino Jorge Mario Bergoglio, de 76 anos, foi eleito, na quarta-feira, Papa pelos 115 cardeais reunidos em Roma, adotando o nome de Francisco.
Francisco sucede a Bento XVI, que resignou no dia 28 de fevereiro, e é o 266.º papa da Igreja Católica.
Peregrinos em Fátima pedem a Francisco para ser "embaixador" dos pobres - JN

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